Cirurgias para regeneração da Cartilagem do joelho
Condromalácia Patelar Grau 3 e 4, Condropatias Grau 3 e 4 artrose unicompartimental
O que é a cartilagem?
É um tipo especial de tecido do corpo humano que recobre a superfície da extremidade entre dois ossos à nível das articulações, para que possamos realizar os movimentos suavemente e sem atrito, evitando que um osso raspe no outro.
Ela tem uma coloração branca e possui uma consistência firme e endurecida, mas que ao mesmo tempo permite um deslizar suave entre os dois ossos, funcionando com uma espécie de amortecedor.
JOELHO VISTO POR DENTRO ATRAVÉS DA ARTROSCOPIA

Para quem é indicado uma cirurgia de cartilagem?

A cirurgia está indicada em pacientes ativos e de alta demanda física, com:
- -condropatia e condromalácia grau 3 e 4
- lesões agudas de cartilagem após acidentes e torções
- artrose unicompartimental
Associado a sintomas dolorosos e perda da função articular, que não responderam bem a 12 meses de tratamento conservador com fortalecimento muscular rigoroso e infiltrações articulares.
Quais são os objetivos ao realizar uma cirurgia de cartilagem?
O objetivo a curto prazo desses procedimentos, seria a melhora da dor e da função, permitindo um retorno a pratica esportiva e melhora da qualidade de vida.
A longo prazo, o grande objetivo da cirurgia seria evitar o surgimento da artrose e tentar retardar, ou até mesmo evitar a necessidade de realizar uma prótese no futuro.
Entendendo a diferença entre as lesões de cartilagem presentes na:
CONDROPATIA, CONDROMALÁCIA E ARTROSE UNICOMPARTIMENTAL VS ARTROSE AVANÇADA DE JOELHO (ARTROSE TRICOMPARTIMENTAL)
Todos esses termos descrevem diferentes condições que afetam a cartilagem do joelho, cada um com características específicas:
– Condropatia: Refere-se a qualquer doença ou anormalidade que afeta a cartilagem. Pode ser usado como um termo genérico para descrever várias condições que envolvem a cartilagem do joelho, incluindo a condromalácia patelar e a artrose, osteoartrose ou osteoartrite.
-Condromalácia patelar: É uma condropatia específica em que há amolecimento, fissuras ou erosões na cartilagem da patela (rótula). É comumente associada a dor e crepitações na frente do joelho, especialmente ao subir e descer escadas, correr, pedalar, treinar pernas e ficar longos períodos com os joelhos dobrados. Ela também pode ser chamada de condropatia patelar.
A gravidade da condromalácia patelar e condropatias costuma ser dividida em diferentes graus:


-Artrose ou osteoartrose unicompartimental: O joelho é dividido em 3 partes ou compartimentos. Artrose unicompartimental, seria um desgaste e perda da cartilagem, em uma única porção do joelho. Seria uma artrose que atingiu apenas uma pequena parte da articulação. Geralmente nesses casos, existem procedimentos e cirurgias voltadas para tentar recuperar e regenerar a cartilagem e retardar a evolução do desgaste, adiando ao máximo a necessidade de prótese ou até mesmo evitando-a.
-Artrose tricompartimental: É um tipo de desgaste avançado, onde temos perda da cartilagem em todas as partes do joelho . Esse tipo de artrose, não possui indicação para realizar cirurgias de cartilagem, porém isso não significa que o paciente ficará com dor. Temos ótimas opções para ajudar a diminuir as dores da artrose de joelho e melhorar a qualidade de vida.

Alinhamentos das pernas e eixo anatômico dos membros inferiores

Quais são as opções de cirurgias para lesões de cartilagem? (condropatia, condromalácia e artrose unicompartimental)
TRANSPLANTE DE CARTILAGEM OU MOSAICOPLASTIA)

É o mais consagrado procedimento cirúrgico utilizado para reparo de lesões de cartilagem grau 3 e 4 de até 2 a 4 cm2. Também é chamada de OATS (osteochondral autograft transfer system).
Consiste na retirada de pequenos plugs contendo osso e cartilagem saudáveis, de regiões do joelho que não recebem carga e estresse biomecânico, e posterior transplante para a área lesionada, preenchendo ao máximo toda a erosão cartilaginosa.
A grande vantagem dessa técnica, é que ao implantarmos a porção do plug contendo osso no local da erosão, ele também estará em contato com o osso da região onde se encontra a lesão de cartilagem. Dessa maneira, esse enxerto irá se integrar e maturar em uma velocidade mais rápida e com melhor qualidade.
Membrana de colágeno associada a microfaturas e minced cartilage

A combinação das técnicas membrana de colágeno, microfraturas e minced cartilage (enxerto de cartilagem particulada) é indicada para erosões maiores de cartilagem, sendo altamente efetiva no tratamento de condropatias grau 3 e 4 , especialmente quando ultrapassam 4 cm2 de dimensão.
-Microfraturas: Esta técnica consiste na realização de pequenas perfurações na região onde temos o osso exposto devido a lesão e desgaste da cartilagem. Essas perfurações tem como intuito promover um sangramento ósseo e ativação das células tronco mesenquimais que estão logo abaixo da superfície óssea.
Com o sangramento, temos a formação de um coágulo que se adere ao local da lesão, dando inicio a um processo de regeneração, onde teremos um crescimento da cartilagem de baixo para cima. Infelizmente, a cartilagem que cresce, não tem as mesmas características da cartilagem original, sendo considerado uma fibrocartilagem (cicatriz de cartilagem). A membrana de colágeno, surgiu como uma evolução da técnica de microfraturas e tem a função de melhorar a qualidade da cartilagem que se forma, protegendo o coágulo e auxiliando na diferenciação das células tronco mesenquimais para um tecido cartilaginoso mais semelhante ao original.

-Membrana de colágeno: Também conhecida como Condrogênse Autóloga Induzida por Matriz (AMIC). Nesse procedimento, utiliza-se uma membrana de colágeno de engenharia tecidual, composta de colágeno tipo 1 e 3 que é colada ou costurada por cima da lesão de cartilagem após a realização das microfraturas. Existem atualmente, trabalhos científicos com um acompanhamento de 10 anos, comprovando a superioridade da membrana de colágeno combinada com a microfratura VS microfratura isolada em lesões de cartilagem. A cartilagem formada após o procedimento de membrana de colágeno possui melhor qualidade, se assemelhando a cartilagem nativa articular. Isto se reflete em uma superioridade em termos funcionais e uma maior sobrevida da cartilagem recém formada.

-Minced cartilage: Seria a implantação de pequenas porções de cartilagem fragmentada, no local da erosão, que posteriormente é coberta com uma membrana de colágeno (AMIC). Nós retiramos os pedaços de cartilagem que ficam parcialmente soltos ao redor da própria borda e periferia da lesão e também de regiões do joelho que não sustentam peso e possuem baixo estresse biomecânico. Posteriormente, fragmentamos esses pequenos pedaços de cartilagem com uma lâmina e misturamos células, fatores de crescimento e medula óssea do próprio paciente, para implantarmos no local da lesão. A técnica minced cartilage, aparentemente possui a capacidade de gerar uma cicatriz de cartilagem que se assemelha ainda mais a cartilagem original do joelho, sendo uma técnica complementar a microfratura e membrana de colágeno.

Uma lesão de cartilagem pode cicatriza ou se regenerar sozinha?
As lesões da cartilagem são um verdadeiro desafio aos cirurgiões ortopédicos, especialmente quando ocorrem em pacientes jovens e que praticam esportes regularmente.
Uma lesão quando não tratada precocemente e da maneira adequada, pode levar a prejuízo no rendimento esportivo, piora da qualidade de vida e até mesmo evoluir para quadros de artrose avançada com necessidade de realização de prótese no futuro.
A cartilagem possui potencial praticamente nulo de cicatrização e regeneração tecidual espontânea. Isso se deve principalmente pela ausência de vasos sanguíneos na cartilagem e pela baixa capacidade de multiplicação celular.
Atualmente, graças ao avanço da engenharia tecidual e da ortopedia biológica regenerativa, contamos com modernas técnicas cirúrgicas que, quando bem indicadas, são capazes de promover uma cicatrização e até mesmo regeneração do defeito cartilaginoso.
Qual o tempo de recuperação após uma cirurgia de cartilagem?
De maneira geral, nas primeiras duas semanas após o procedimento, é necessário utilizar uma tala imobilizadora do joelho e não pisar com a perna operada.
A partir do início da terceira semana, a tala é retirada e inicia-se o processo de fisioterapia, focado em reestabelecer o arco de movimento (dobrar e esticar o joelho) e treinamento da marcha, retirando as muletas, conforme o paciente for melhorando a ativação muscular e se sentir confiante. Com dois meses após a cirurgia, o trabalho de fortalecimento muscular já pode ser intensificado, porém o retorno à academia, costuma acontecer por volta do terceiro mes.
O retorno às atividades de impacto mais vigorosas (corrida, saltos, esportes dinâmicos e de contato), de maneira geral, ocorre a partir do sexto mês. A integração completa e maturação do enxerto de cartilagem pode durar até 12 meses, sendo considerada uma cirurgia de recuperação lenta. Por esses motivos, as cirurgias de cartilagem, só podem ser realizada em pacientes de alta demanda física e extremamente disciplinados com o processo de reabilitação e retorno a pratica esportiva.
Quando temos a combinação de: cirurgia bem indicada e técnicamente perfeita + pacientes disciplinados e comprometidos com a reabilitação, o retorno ao esporte será questão de tempo e toda a espera será recompensada.
Perguntas Frequentes
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